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ITA Vestibular de 2008 - Português

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As quest es de 21 a 31 referem-se ao texto seguinte. Com um pouco de exagero, costumo dizer que todo jogo de azar. Falo assim referindo-me ao futebol que, ao contr rio da roleta ou da loteria, implica t tica e estrat gia, sem falar no principal, que o talento e a habilidade dos jogadores. Apesar disso, n o consegue eliminar o azar, isto , o acaso. E j que falamos em acaso, vale lembrar que, em franc s, acaso escreve-se hasard , como no 5 c lebre verso de Mallarm , que diz: um lance de dados jamais eliminar o acaso . Ele est , no fundo, referindo-se ao fazer do poema que, em que pese a mestria e lucidez do poeta, est ainda assim sujeito ao azar, ou seja, ao acaso. Se no poema assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo num campo de amplas dimens es. Se verdade que eles jogam conforme esquemas de marca o e ataque, 10 seguindo a orienta o do t cnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua percep o da jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela dire o, ou manter-se parado, certo de que a bola chegar a seus p s. Nada disso se pode prever, da resultando um alto ndice de probabilidades, ou seja, de ocorr ncias imprevis veis e que, portanto, escapam ao controle. Tomemos, como exemplo, um lance que quase sempre implica perigo de gol: o tiro de canto. N o toa que, quando se cria essa situa o, os jogadores da defesa se afligem em anular as possibilidades que t m 15 os advers rios de fazerem o gol. Sentem-se ao sabor do acaso, da imprevisibilidade. O time advers rio desloca para a rea do que sofre o tiro de canto seus jogadores mais altos e, por isso mesmo, treinados para cabecear para dentro do gol. Isto reduz o grau de imprevisibilidade por aumentar as possibilidades do time atacante de aproveitar em seu favor o tiro de canto e fazer o gol. Nessa mesma medida, crescem, para a 20 defesa, as dificuldades de evitar o pior. Mas nada disso consegue eliminar o acaso, uma vez que o batedor do escanteio, por mais ex mio que seja, n o pode com precis o absoluta lan ar a bola na cabe a de determinado jogador. Al m do mais, a inquieta o ali na rea grande, todos os jogadores se movimentam, uns tentando escapar marca o, outros procurando marc -los. Essa movimenta o, multiplicada pelo n mero de jogadores que se movem, aumenta fantasticamente o grau de imprevisibilidade do que ocorrer quando a bola 25 for lan ada. A que altura chegar ali? Qual jogador estar , naquele instante, em posi o prop cia para cabece -la, seja para dentro do gol, seja para longe dele? N o existe treinamento t tico, posi o privilegiada, nada que torne previs vel o desfecho do tiro de canto. A bola pode cair ao alcance deste ou daquele jogador e, dependendo da sorte, ser gol ou n o. N o quero dizer com isso que o resultado das partidas de futebol seja apenas fruto do acaso, mas a 30 verdade que, sem um pouco de sorte, neste campo, como em outros, n o se vai muito longe; jogadores, t cnicos e torcedores sabem disso, tanto que todos querem se livrar do chamado p frio . Como n o pretendo passar por supersticioso, evito aderir abertamente a essa tese, mas quando vejo, durante uma partida, meu time perder gols feitos , nasce-me o desagrad vel temor de que aquele n o um bom dia para n s e de que a derrota certa. 35 Que eu, mero torcedor, pense assim, compreens vel, mas que dizer de t cnicos de futebol que vivem de ter o na m o e medalhas de santos sob a camisa e que, em face de cada lance decisivo, as puxam para fora, as beijam e murmuram ora es? Isso para n o falar nos que consultam pais-de-santo e pagam promessas a Iemanj . como se dissessem: treino os jogadores, tra o o esquema de jogo, armo jogadas, mas, independentemente disso, existem for as imponder veis que s obedecem aos santos e pais-de-santo; 40 s o as for as do acaso. Mas n o se pode descartar o fator psicol gico que, como se sabe, atua sobre os jogadores de qualquer esporte; tanto isso certo que, hoje, entre os preparadores das equipes h sempre um psic logo. De fato, se o jogador n o estiver psicologicamente preparado para vencer, n o dar o melhor de si. Exemplifico essa cren a na psicologia com a hist ria de um t cnico ingl s que, num jogo decisivo da 45 Copa da Europa, teve um de seus jogadores machucado. N o era um craque, mas sua perda desfalcaria o time. O m dico da equipe, depois de atender o jogador, disse ao t cnico: Ele j voltou a si do desmaio, mas n o sabe quem . E o t cnico: timo! Diga que ele o Pel e que volte para o campo imediatamente . 1 (Ferreira Gullar. Jogos de azar. Em: Folha de S. Paulo, 24/06/2007.) Quest o 21. Observe o emprego da part cula se, em destaque, nos excertos abaixo: I. II. III. Se no poema assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo num campo de amplas dimens es. (linhas 8 e 9) Se verdade que eles jogam conforme esquemas de marca o e ataque, seguindo a orienta o do t cnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua percep o da jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela dire o, ou manter-se parado, certo de que a bola chegar a seus p s. (linhas 9 a 12) De fato, se o jogador n o estiver psicologicamente preparado para vencer, n o dar o melhor de si. (linhas 42 e 43) A part cula se estabelece uma rela o de implica o em A ( ) apenas I. D ( ) apenas I e II. B ( ) apenas II. E ( ) apenas II e III. C ( ) apenas III.

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